31.5.11

nightswimming

Existe uma coisa sobre a consciência do momento. A propriocepção situacional. De pensar que é agora, estou agora não estarei nunca mais. E isso vem quase que de repente, e me deixa assim tão desarmado que eu não sei o que não fazer. É a certeza de que importa muito o sentimento vivido, importa o quanto vai durar a ideia em mim. Mesmo sendo pra sempre, todas as situações ecoando no infinito, eu sei que existem exceções que se perdem no caminho. Não é delas que eu tenho medo. Sim das outras tantas sob o pericárdio, que são profundas e sempiternas. Porque eu tenho medo de um dia olhar ao redor e não reconhecê-las mais.

Revestir de mim mesmo, me encher dos meus gostos, afundar nos meus sonhos, e me inundar das pessoas que eu amo.

22.5.11

do ponto em quando

não queria estar aqui nesse momento do jeito que eu estou aqui nesse momento. porque existe uma infinidade de possibilidades e sempre pareço estar vivendo os mesmos ciclos. repetindo os erros e prometendo mudanças. talvez as coisas não sejam tão simples - não, com certeza.

as análises necessitam de precisão, uma que eu ainda não ajustei tão bem. meu deus, como eu não aprendi isso ainda? como eu ainda me surpreendo com a conclusão que vem de fora, que me diz o que eu estou sentindo quando na verdade nem eu sabia disso? por um lado é saudável a surpresa, significa que eu me incomodo, significa que deve (deve!) ter jeito.

meu sistema límbico é por demais atrofiado e rabugento. não que eu desejasse tê-lo hipertrofiado, mas... eu canso de fazer os outros sofrerem. não sou uma pessoa ruim. mas assim eu tenho que me desdobrar na incapacidade emocional e na hipercapacidade escusativa, o que na maioria das ocasiões não me satisfaz. por isso eu ando meio desligado, com muita coisa flutuando e pouca atenção pra muito.