27.9.11

sobre tantas, tantas coisas

sobre o que agora esta escrito na porta do quarto, sobre a indecisão de o que exatamente seria ajudar meu biógrafo, sobre a busca Disso que me chama, sobre aceitar, compreender e questionar.

28.8.11

consistência

quando deparamos com um precipício, existe ali o sentimento. a calmaria que precede a tempestade, ou a vida mesmo. a pausa. está ali você, o mundo, o vazio e você.
é como flutuar entre nebulosas e ouvir apenas o mais antigo dos silêncios. reconhecer-se poeira estelar, própria matéria das rochas que fazem o precipício. e, o mais interessante, mesma matéria do vazio.

existe algo sobre o vazio que nos pertence, nos preenche.

11.6.11

o peso dos ponteiros

veja só, eles estão aí pra provar que tudo aconteceu por uma razão. e, não importa a incerteza anterior, os ponteiros te enchem de toda a certeza que você precisa em menos de 1 ciclo completo. e pronto, as coisas vão caminhando ao som ritmado desses e cada vez mais você acredita e confia em si mesmo. as fraquezas não são rachaduras, são apenas não-opções dentre taaantas sim-opções.

eu não estou mais no mesmo lugar :)

31.5.11

nightswimming

Existe uma coisa sobre a consciência do momento. A propriocepção situacional. De pensar que é agora, estou agora não estarei nunca mais. E isso vem quase que de repente, e me deixa assim tão desarmado que eu não sei o que não fazer. É a certeza de que importa muito o sentimento vivido, importa o quanto vai durar a ideia em mim. Mesmo sendo pra sempre, todas as situações ecoando no infinito, eu sei que existem exceções que se perdem no caminho. Não é delas que eu tenho medo. Sim das outras tantas sob o pericárdio, que são profundas e sempiternas. Porque eu tenho medo de um dia olhar ao redor e não reconhecê-las mais.

Revestir de mim mesmo, me encher dos meus gostos, afundar nos meus sonhos, e me inundar das pessoas que eu amo.

22.5.11

do ponto em quando

não queria estar aqui nesse momento do jeito que eu estou aqui nesse momento. porque existe uma infinidade de possibilidades e sempre pareço estar vivendo os mesmos ciclos. repetindo os erros e prometendo mudanças. talvez as coisas não sejam tão simples - não, com certeza.

as análises necessitam de precisão, uma que eu ainda não ajustei tão bem. meu deus, como eu não aprendi isso ainda? como eu ainda me surpreendo com a conclusão que vem de fora, que me diz o que eu estou sentindo quando na verdade nem eu sabia disso? por um lado é saudável a surpresa, significa que eu me incomodo, significa que deve (deve!) ter jeito.

meu sistema límbico é por demais atrofiado e rabugento. não que eu desejasse tê-lo hipertrofiado, mas... eu canso de fazer os outros sofrerem. não sou uma pessoa ruim. mas assim eu tenho que me desdobrar na incapacidade emocional e na hipercapacidade escusativa, o que na maioria das ocasiões não me satisfaz. por isso eu ando meio desligado, com muita coisa flutuando e pouca atenção pra muito.